segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Crônica de Minha Mente


Longos dias passados diante do lar
Por correntes escondidas, preso fora de mim
Nos olhos negros de sua face
Austeros de prezer, confundem-me mais
Perdido encontro-me mais fundo

Doce dos sublime de encarar seu peito
De alma branda, tão limpa, passional
Torno-me mais ignobil em sua ilustre presença
O Canto de suas falas inebriam meu ser
Embriagado de você quero ser
Mais que um desejo, uma missão, uma vida

O temor de um dia despertar e não mais ver-te sorrir
Causa um caos tremendo, abalando todo meu ser
Um ser que à espera de um sorriso passa os dias a te querer
Enganado, desacreditado, exilado
O mundo não pertence a quem não pertence a ninguem

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Alguma coisa acontece....

Escorado nos muros escondido em becos negros
Sinto o mundo deixar-me, morro só, como em toda minha vida
Os sorrisos soturnos que me rodeavam agora são carrancas
Empurrando-me muito mais para o fundo no qual ja me encontro
Dando razão ao dos Anjos
O beijo amigo realmente é a vezpera do mais podre escarro
Quem sabe onde posso esconderme e assim cessar esse sofrimento?
Ninguem? Já esperava isso, pois bem, lá vou-me sofrer um novo desintendimento.

Seguindo À Procura De Um Olhar

Me sinto só! Olho para os lados e vejo todos tão alegres e felizes, compartilhando momentos felizes com as pessoas amadas, procuro em seus olhos um lugar no qual eu possa residir e não encontro sequer alguém disposto a me abraçar, onde eu estou e o que eu farei se assim continuar toda uma vida? Como pode alguém viver assim?

A vida desde o fim tem sido como um inferno, não consigo encontrar paz onde quer que eu procure, quero algo no qual eu possa me apoiar e seguir em frente, errando sem medo de me machucar só, quero alguém que me ajude, que me dê sua mão e me guie para longe de meu passado sombrio no qual reside um ser do qual eu não quero nem ao menos pensar.

Embora seja isso que eu queira sei que não posso fazer, pois sem meu passado não posso enxergar meu futuro, mas mesmo assim procuro evita-lo, para não reabrir as feridas que sempre teimam em se inflamar nos piores momentos, quando tudo parecia resolvido.

Sigo por enquanto só, olhando em volta rostos sem expressões, pessoas vazias, tristes muitas vezes, presas em casulos nos quais parecem as pessoas mais felizes do mundo, vivendo de aparências frágeis que não me são atraentes, quero alguém que seja quem é sem medo de me aceitar do mesmo modo.

Não sei se um dia encontrarei um olhar que seja capaz de me aceitar e trazer-me paz a alma que há muito sofre no âmago de meu ser. Pobre ser que tende a vagar só em um mundo de milhares.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Luzes, Beijos e Um Destino

Pontos coloridos iluminam as casas espalhadas pela cidade, risos saiam pelas janelas alheias, nesta época a felicidade parecia correr solta dentro das pessoas. Mas porque eu não conseguia me sentir assim?

Eu tinha tudo que qualquer homem pode querer, uma linda namorada, estava economicamente estável e em pleno natal viajava com minha companheira pela cidade luz.

Algo estava acontecendo, as coisas estavam diferentes do que deviam ser, não estavam ruins, apenas diferentes, de uma forma estranha e inquietante, eu estava feliz mas sabia que algo não estava certo, ao menos não como naquele dia semanas antes, enquanto chovia...

Tudo tinha acontecido como num passe de magica, de uma hora para outra alguém do passado havia voltado para a minha vida, voltado para melhorá-la, alguém tão especial que eu seria capaz de dar minha vida por ela caso algo lhe acontecesse.

Ela esperava-me no quarto do hotel, eu havia saído por que ela dissera-me que tinha uma surpresa para mim e aproveitei esse tempo para esfriar a cabeça e procurar uma resposta pelas ruas de Paris.

O Sol tinha se posto a pouco tempo, varias pessoas passeavam pelas ruas enquanto outros saiam do trabalho, a cidade estava muito movimentada, pois estávamos em pleno dia 24 de dezembro, pouco faltava para a minha surpresa e para a ceia.

Sentei-me em um restaurante e pedi uma taça de champanhe e comecei a divagar dentro de minha pobre mente. Lembro que havia prometido que nunca a decepcionaria e faria de tudo para cumprir essa promessa, não por se tratar de uma promessa e sim porque eu estaria ferindo apenas a minha alma ao vela sofrer. Eu procurava o que estava errado, porque eu sentia que algo me faltava? Eu sabia que o problema era eu, pois a amava e muito e me sentia muito bem ao lado dela, mas algo estava errado.

Pensando naquele dia percebo algo que havia passado despercebido, enquanto ela tentava vida nova a meu lado eu vivia do mesmo modo como antes, percebo que o único momento em que fui verdadeiramente feliz foi quando deixei de lado meu passado e me entreguei totalmente a seus braços, desde então minha alma pertence a ela mas tem que ser algo mais, eu tenho que ser totalmente dela.

Foi como um clique, só me livraria desse sentimento quando eu realmente me entrega-se a ela, para sempre, para minha amada, para minha alma.

Parei, virei-me e procurei algum garçon, ao qual pronunciei algumas palavras que tenho certeza que ele não sabia o que significavam mas por fim entendeu que o que eu queria era apenas uma champanhe, depois de comprada me dirigi correndo para o hotel, estava quase na hora e eu não conseguiria me segurar por mais tempo.

Abri as portas e de repente vejo-me parado em um quarto escuro, iluminado apenas por velas e o chão estava forrado por flores, chamo por ela enquanto fecho a porta e ouço apenas um "Você chegou mais cedo do que combinamos!" não de modo reprovante mas com um tom bem suave e sensual, viro-me para vela e então me vejo paralisado de frente para a pessoa que eu dera minha vida. Fiquei apenas a fita-la dos pés a cabeça por uns segundos.

Em seus pés sapatilhas negras brilhantes, meias de uma brancura radiante, suas pernas com a pele também branca mas tonada de um leve purpura, torneadas e definidas, perfeitas, deslumbrando-se até o pé de uma mini-saia vermelha na qual começava a esconder-se, uma saia com detalhes em renda em sua base e separada do resto do corpo por um sinto de couro negro em sua cintura. Seu abdomem era coisa de outro mundo, parecia fantasia, ao menos para minha mente naquele momento, dava para ver a textura de sua pele, sentir a maciez que ela aparentava ter, e que realmente tinha, e logo mais acima um top vermelho me mostrando um belo decote com detalhes de rendas brancas, o pouco de seus seios, embora pequenos, muito perfeitos que estava amostra era o suficiente para hipnotizar-me e guiar meu olhar para seu lindo pescoço no qual eu tanto gosto de beijar, seu rosto estava tão belo, aquele seu velho sorriso sexy, sua velha sobrancelha levemente levantada e seus olhos intensos observando as minhas reações, as quais não sei como podem ter parecido para ela, de de seu gorro de papai noel caiam-lhe mexas negras e não mais douradas, o que me deixou confuso, mas de fato era uma das coisas mais belas que eu já vira em minha vida, naquele momento me apaixonei de novo, não apenas por sua beleza e sim porque eu podia vislumbrar todo o meu futuro a seu lado. Ela era a minha mais querida e fofa mamãe noel sexy.

_Seus cabelos... _ O som foi morrendo na medida em que eu falava.
_Eu sei, bonito não? estava cansada deles e resolvi mudar. _ Cara, como sua voz era sexy a meus ouvidos, e seu sorriso mais ainda.
_Mudar...
_Sim... você não gostou? _ Vi em seu olhar que ela estava um pouco triste.
_Gostei, Claro que gostei, é que eu estava pensando exatamente em mudar, isso quer dizer apenas que estamos em sintonia certo?
_Bem... Eu tenho outra ideia de como podemos nos sintonizar...

Me falou isso com um sorriso sexy e mais uma vez meu corpo já não mais me pertencia.

Seu cheiro estava miraculosamente atraente, eu amava seu perfume, sua nuca agora estava sendo ocupada por meus lábios, eu a beijava devagar, quase parando, roçando a minha barba nela e fazendo-ar ter leves arrepios, encosto-me mais perto de seus ouvidos e falo: "Seria muito piegas se eu lhe dissesse que 'te amo'?". Nesse momento o que antes era um leve arrepio se tornou um grande arrepio e ela se virou contra mim e nos lábios ficaram juntos por um longo tempo.

Por fim ela finalmente os separa e olha dentro de meus olhos e fala: "Quem liga para isso? pode dizer sempre que quiser algo especial..." e com o sorriso mais sensual que eu tinha visto ela fazer ela me leva à um outro nível de prazer, um lugar no qual eu nunca tinha me imaginado antes, acredito até que tenha visitado o paraíso por alguns segundos.

Depois disso passamos alguns segundos deitados na cama coberta de pétalas que ela havia preparado para nós dois quando me chama e aponta para o outro lado da sala, onde uma ceia estava posta, como eu não tinha visto aquilo antes? Bem eu tinha algo melhor para olhar, mas de fato os pratos estavam realmente apetitosos, os nossos pratos favoritos e tudo que mais gostamos de ter depois de uma transa...

Conversamos enquanto comíamos e disse-lhe tudo o que me atormentava, e ela entendeu tudo perfeitamente e disse que me ajudaria nisso, e que não tinha a mínima possibilidade de ela não me lembrar que agora eu pertencia a ela, falou isso rindo, como se fosse algum castigo ou ameaça, mas para mim era o mais belo presente que eu poderia ganhar neste natal.