terça-feira, 23 de novembro de 2010

Um Toque, Um Sorriso, Um Olhar

Estava chovendo naquele dia, fim de novembro, estava voltando para casa quando econtrei com uma velha amiga no caminho, ela estava parada, olhando para baixo, encostada em um poste, pensei ter visto algumas lagrimas escondidas em gotas de chuva.

Ela olhou para mim, estavamos sós, todos tentavam se abrigar daquela chuva. Ela sorri para mim, conheciamo-nos a muito tempo, mas nunca fomos muito intimos, mas eu sempre achara aquele seu sorriso muito sexy e este não ficava atrás de nenhum outro.

Lembro de sua roupa colada ao corpo, toda molhada, acentuando seu corpo maravilhoso, o branco de sua pele se destacava naquele dia cinza, de uma forma especial, muito linda, seu sorriso, seu olhar, sua sobrancelha direita levemente levantada, ela...

Tentei falar alguma coisa, impediu-me ela, colocando seu dedo em minha boca e olhou fundo em meus olhos, como se pudesse adentrar bem fundo, parecia ler minha mente, parecia que estava tentando me dizer algo sem palavras, eu não conseguia ler sua expressão, estava encantado mais uma vez.

Flashs passaram pela minha mente, de conversas que haviamos tido, de expressões que eu havia gravado na memoria, de uma brincadeira na qual fomos noivos, lembranças de varios momentos, nas quais ela era a protagonista.

Despertei quando não mais senti seu dedo em meus labios e agora os seus estavam colados aos meus, tão macios, meu corpo já não tinha controle e lhe abraçava, separamo-nos por um instante e fixamos o olhar um no outro.

Falei sem pensar e sem controle; "Te amo!".

- "Odeio quem fala "te amo" por falar... - Disse-me.
- "Quem foi que disse que estou falando por falar?"

Seu olhar de novo torna-se intrigante e parece entrar mais fundo em minha mente.

-"Odeio mentiras, seja ela qual for, gosto de minhas amizades... nunca tive nada contra você, por favor não me faça começar a ter...
-"Quem disse que estou mentindo? Quem disse que eu quero te deixa? Se fosse possivel nunca mais separaria meu corpo do seu...

Naquela hora tive a certeza de que o que agora via não mais era uma gota de chuva e sim o fim de um sentimento que a havia torturado por muito tempo, que agora se despedia, deixando aquele belo coração, em forma de uma única lagrima cristalina.

-"Sabe... uma vez nos fomos noivos por um dia, e se de mim depender gostaria de que fossemos mais uma vez todos os dias".

Seus cabelos, antes dourados, agora negros pela chuva, emolduravam seu belo rosto, completando a mais bela compoção, junto de seu olhar intenso, seu sorriso sexy e seu semblante perfeito. Agora foi minha vez de beijar-lhe e a sua de agarrar-me.

Encontramos meio que por acaso um abrigo, um lugar seguro da chuva e do mundo, nossas roupas molhadas denunciavam nossos sentimentos, nossas peles se tocavam e descarregavam ondas de um prazer sensorial, estavamos tão sensiveis, em tudo, tão juntos, ligados por um desejo inconsciente.

Podiamos estar errados naquele momento, mas sabiamos que queriamos continuar, sabiamos que não nos arrependeriamos e quem sabe poderiamos estar mais perto da perfeição.

Encontrei sua tatuagem , um lindo sapinho, dotado de um sentimento puro, do passado e do futuro, que não tinha como competir mas que eu lutaria até conseguir, levaria as alturas sem faze-la temer, juntos no escuro fariamos alvorecer, de paixão um novo lar para viver.

A chuva lavava os pecados do mundo lá fora, o milagre nascia lá dentro, toques estalavam tanto quanto beijos, sentimentos levados ao extremo, sensibilidade explorada no máximo e a vida celebrada num grito suave de ambos.

O brilho de nossos corpos guiava-nos onde queriamos, seus pés, lindo e pequenos, demais até para ela, mas perfeitos demais para mim.

-"Não confio em todo mundo e não me entendo, não me arrependo..."
-"Não arrependa-se, não confie, não entenda! viva, de preferencia comigo, quando disse que a amava não era mentira, não no momento nem agora, amanhã quen sabe, vamos viver.

Deitamos um ao lado do outro juntos, fugindo do frio que a chuva trazia. Falamos pouco, olhamo-nos muito, seu cabelo agora seco lembrava o sol que estava para nascer, seu olhar agora acolhedor e carinhoso me aquecia e meus toques reconhecendo seu corpo despetava-nos de novo.

3 comentários:

Anônimo disse...

MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUITO LINDOOOOOOOOOOOOO!!!! AMEI. =D Laís.

Anônimo disse...

Que fooooofooo....também ameii.... MILWIA ANJOS

Unknown disse...

Lindoo *-* amei³