sábado, 20 de março de 2010

Herlon e Nevisvaldo em um conto de cordel

Na sexta-feira, dia 12 de março, nós os alunos do primeiro periodo de jornalismo tivemos a honra, podemos dizer assim, de assistir a uma apresentação de Herlon Cavalcanti e Nerisvaldo Alves. Mostrando-nos um pouco da Literatura de Cordel, e sua importância em si.

Contou-nos um pouco de sua vida, de como veio a ter o gosto pelo cordel e pela arte. Curiosidades e fatos que desconhecemos, mesmo sendo nossa cultura. Nerisvaldo, poeta, ator, professor, diretor, entre tantas outras cousas divertiu-nos com suas com suas excelentes declamações de cordéis.

Algo realmente interessante a respeito de Herlon, foi sua formação cultural e acredito eu, pessoal. Crescer inserido na arte, aprender a ler com cordéis que despertou um grande interesse por essa literatura que o fazia esperar todos os sábados, aqueles cordéis que seu pai lhe trazia da feira.

Confesso que nunca fui muito interessado por cordel, mas sempre admirei suas poesias em si, é algo mágico, como qualquer outra forma de arte. Outro fato que me despertou interesse, foi o fato de ele, Herlon, ter-nos contado a origem, Portugal, e sua historia no Brasil, acredito eu que mais reservadamente no nosso nordeste.

Um meio de informação, próprio para sua época, poderia não chegar no momento certo, como o próprio diz “as noticias chegariam, com seis meses de atraso mais chegariam”, não necessariamente com essas palavras, mais a idéia em si, foi essa.

O cordel serviu para transmitir histórias, fantásticas ou reais, em sua mais perfeita perfeição. Tendo influenciado autores como Ariano Suassuna, em seu livro, O Auto da Compadecida, tudo bem que em seu primeiro momento não houve um reconhecimento para com os autores das obras utilizadas como inspiração, tendo na segunda edição, ou tiragem de seu livro, ele colocar os autores e os títulos dos cordéis utilizados.

Chegamos até a tomar conhecimento de que em 2005 foi criada a Academia Caruaruense de Literatura de Cordel, da qual Herlon ja foi presidente e Nerisvaldo ocupa o cargo de vice-presidente. O que nós vem a provar mais uma vez, que existe uma luta por essa arte, pessoas tentam valoriza-las, torna-las algo de grande valor artistico e cultural, mais do que já é, como tantas outras "modalidades" da arte.

Dentre tantas coisas legais tratadas em sua palestra sobre o cordel, com certeza citei pouca coisa, porem em sua importância acho que me expressei bem. Foi uma experiência muito boa, conhecer um pouco mais da cultura que me pertence porem não conheço.

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